Embriaologi
O zigoto é portador do material genético fornecido pelo espermatozóide e pelo óvulo. Um vez formado o zigoto irá se dividir muitas vezes por mitose até originar um novo indivíduo. Assim, todas as células que formam o corpo de um indivíduo possuem o mesmo patrimônio genético que existia no zigoto. Apesar disso, ao longo do desenvolvimento embrionário as células passam por um processo de diferenciação celular em que alguns genes são “ativados” e outros são “desativados”, sendo que somente os “ativados” coordenam as funções das células. Surgem dessa maneira tipos celulares com formatos e funções distintos, que se organizam em tecidos. Conjuntos de tecidos reunidos formam os órgãos. Os grupos de órgãos formam os sistemas que, por sua vez, formam o organismo.
Mórula: A clivagem ou segmentação consiste em repetidas divisões mitóticas do zigoto, o que leva ao rápido aumento do numero de células. Estas células, os blastômeros, tornam-se menores a cada divisão de clivagem. Primeiro o zigoto se divide em dois blastômeros, a seguir, estas células se dividem em quatro blastômeros, oito blastômeros e assim por diante. Normalmente, a clivagem ocorre enquanto o zigoto avança pela tuba uterina em direção ao útero. Esquema do ciclo ovariano, fertilização e desenvolvimento humano durante a primeira semana. O estagio 1 do desenvolvimento começa com fertilização na tuba uterina e termina com a formação do zigoto. O estagio 2 compreende os dias 2 e 3, os estágios iniciais da clivagem (de 2 a 16 células – mórula). O estagio 3, consiste nos dias 4 a 5, blastocisto livre. Estagio 4, dias 5 a 6, é representado pelo blastocisto prendendo-se a parede posterior do útero, local usual da implantação.
Blastula: Pouco depois de a mórula entrar no útero, cerca de quatro dias apos a fertilização, fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida, formando um espaço cheio de fluido, a cavidade blastocística, dentro da mórula. Com o aumento do fluido dentro da cavidade blastocística, os blastômeros se separam em duas partes:
- O trofoblasto, do grego nutrição, uma delgada camada externa de células que da origem a parte embrionária da placenta.
- A massa celular interna, um grupo de blastômeros localizados centralmente, da origem ao embrião, como é o primórdio deste, a massa celular interna também é denominada embrioblasto.
Gástrula: No início da gastrulação, o embrião (blástula) é uma esfera cheia de líquido, com um polo animal e um polo vegetal. As células do polo vegetal começam então a dividir-se mais rapidamente que as outras e invaginam formando um espaço chamado arquêntero (que significa intestino primitivo). Algumas células separam-se da parede e migram para o blastocélio tornando-se células do mesênquima; estas células dividem-se formando filamentos chamados filopódios que empurram o arquêntero para o polo animal. O arquêntero que, até essa altura era um tubo fechado, abre-se para o exterior, formando aboca nos protostómios e nos deuterostômios o ânus do embrião. O humano é o segundo caso.
Nêurula: Chamamos de neurulação o processo em que a placa neural e as pregas neurais são formadas, e o fechamento que forma o tubo neural. Neste processo, o embrião pode ser chamado de nêurula. Os mecanismos de formação do tubo neural parecem ser semelhantes em anfíbios, répteis, aves e mamíferos . A primeira indicação de que uma região da ectoderme está destinada a tornar-se tecido neural consiste em uma mudança na forma das células. As células ectodérmicas da região mediana tornam-se alongadas, enquanto as células destinadas a formar a epiderme tornam-se mais achatadas. O alongamento das células ectodérmicas dorsais faz com que essa região neural presuntiva cresça mais que a ectoderme adjacente, criando assim, a PLACA NEURAL. Cerca de 50% da ectoderme está incluída nessa placa. Logo em seguida, as bordas da placa neural se espessam e deslocam-se para cima para formar as PREGAS NEURAIS enquanto um SULCO NEURAL em forma de U aparece no centro da placa, dividindo os futuros lados direito e esquerdo do embrião.
Âmnio: O âmnio é uma estrutura que aparece ao final da primeira semana de gestação, e é caracterizada como uma bolsa localizada acima do disco embrionário, cujo assoalho é a ectoderme embrionária. Externamente, é revestido pela mesoderme extra-embrionária, e esta, forma um pedúnculo que conecta a bolsa amniótica ao córion, que passará a ser o cordão umbilical futuramente. Devido aos movimentos de flexão e dobras do disco embrionário, a bolsa amniótica é puxada, passando a envolver todo o embrião. O desenvolvimento embrionário fará com que o âminio ocupe toda a cavidade celômica extra-embionária, fundindo-se com o córion. No interior da cavidade amniótica, encontra-se o líquido amniótico, que se acredita ter origem materna. Este possui a função de lubrificação do embrião, impedindo sua aderência de tecidos fetais entre si e com a parede do saco coriônico; funciona como amortecedor de choques, serve para armazenar as excretas do feto e lubrifica as vias fetais no momento do nascimento.
Alantóide: É formado a partir de uma evaginação do teto do saco vitelínico, que se situa ventralmente após o dobramento caudal do embrião. Nos répteis e aves, esse anexo é muito desenvolvido, exercendo a função respiratória e de armazenamento de materiais excretados. Nos mamíferos, nos quais se desenvolve a placenta, essas funções são também exercidas por ela. A parte intra-embrionária deste anexo contribui para a formação do úraco e da bexiga; ligamento fibroso que serve de ligação entre o teto da bexiga e a região umbilical. Inicialmente, o embrião está conectado à placenta em formação pelo pedúnculo embrionário. Este irá unir-se ao pedúnculo do saco vitelínico para formarem o cordão umbilical, sendo que esses pedúnculos degenerem posteriormente.
História Mendel
Gregor Mendel (1822-1884) foi um biólogo e botânico austríaco. Descobriu as leis da genética, que mudaram o rumo da biologia.
Gregor Mendel (1822-1884) nasceu em Heinzendorf, na parte da Silésia, que pertencia a Áustria. Filho de camponeses, observava e estudava as plantas. Sua vocação científica desenvolveu-se paralela à vocação religiosa. Aos 11 anos, entrou para a escola. Estudou filosofia em Ormutz.
Em 1843 entrou para o Mosteiro Agostiniano de São Tomás, em Brno, antigo Império Austro-Húngaro, hoje República Tcheca, onde foi ordenado padre, com o nome de Gregor. Em 1851 foi enviado à Universidade de Viena, por seu superior, para desenvolver sua vocação pela ciência. Passou três anos se dedicando ao estudo da biologia, matemática e química. Em 1853, de volta à província, divide o tempo entre lecionar ciências naturais na Escola Superior de Brno.
Em 1862, junto com alguns colegas do magistério, fundou a Sociedade de Ciências Naturais. Dedicou-se ao estudo do cruzamento de várias espécies de plantas, entre elas, feijão, ervilha e chicória. Estudou também animais, como abelhas e camondongos. O mecanismo interno que determina a hereditariedade constituía um dos mais árduos problemas da Biologia. Mendel fez descobertas que mudaram o rumo da Biologia e posteriormente serviram de base a um brilhante conjunto de leis da Genética.
Os trabalhos de Mendel sobre hereditariedade versam principalmente sobre os híbridos. Estudando grande número de espécies, de várias gerações, ele estabeleceu certos fatos que projetaram nova luz nas leis da herança. Suas pesquisas conduziram ao descobrimento das primeiras leis quantitativas da Biologia.
As leis de Mendel foram extremamente importantes para a evolução das ciências: a lei da dominância, da disjunção, segundo a qual as características dos ascendentes se dissociam nas gerações seguintes, segundo proporções fixas. E a lei da independência dos caracteres. Apesar da paixão de Mendel por botânica e zoologia, por volta de 1868, seus deveres administrativos no convento cresceram tanto, que ele abandonou por completo os trabalhos científicos.
Embora representasse um grande fato, os trabalhos escritos de Mendel passaram despercebidos até 1900, quando outros cientistas como o botânico holandês Hugo de Vries, conseguiu obter os mesmo resultados, embora Mendel tenha feito as mesmas descobertas 34 anos antes.
Gregor Johann Mendel morreu em Brno, vítima de doença renal, no dia 6 de janeiro de 1884.

Genética
Genética do grego geno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente aplicado para descrever o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista William Batones numa carta dirigida a Adam Sedgewick, da data de 18 de Abril de 1908. Já no tempo da pré-história, os agricultores utilizavam conhecimentos de genética através da domesticação e do cruzamento seletivo de animais e plantas para melhorar suas espécies. Atualmente é a genética que proporciona as ferramentas necessárias para a investigação das funções dos genes, isto é, a análise das interações genéticas. No interior dos organismos, a informação genética está normalmente contida nos cromossomos, onde é representada na estrutura química da molécula de DNA o que diminui bastante o tempo de espera no cruzamento das espécies. Os genes, em geral, codificam a informação necessária para a síntese de proteínas, no entanto diversos tipos de gene não-codificantes de proteínas já foram identificados, como por exemplo genes precursores de microrrinias Mirna ou de RNA estruturais, como os ribossômicos. As proteínas, por sua vez, podem atuar como enzimas catalisadores ou apenas estruturalmente, funções estas diretamente responsáveis pelo fenótipo final de um organismo. O conceito de "um gene, uma proteína" é simplista e equivocado: por exemplo, um único gene poderá produzir múltiplos produtos diferentes RNA ou proteínas, dependendo de como a transcrição é regulada e como seu mRNA nascente é processador pela maquinaria de splicing.
Principais áreas da Genética
- Genética Molecular - enfatiza ao estudo das estruturas e funções dos genes em nível molecular.
- Genética Clássica - utiliza procedimentos e técnicas da Genética antes da chegada da Biologia Molecular.
- Genética de Populações - estuda as mudanças que ocorrem nos alelos com as influências das forças evolutivas.
- Genética Ecológica - analisa e estuda a Genética levando em conta as interações dos organismos e destes com o meio ambiente.
- Genômica - estuda os padrões genéticos de determinadas espécies.

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